Boni de Oliveira e Ricardo Amaral, que se conhecem há mais de 50 anos, têm amigos de todas as gerações, todas. Na noite de autógrafos de “Boni & Amaral – Guia dos Guias”, o público que apareceu na Livraria da Travessa do Shopping Leblon encheria o Maracanãzinho. O “Rei da Globo” e o “Rei na noite” autografaram à exaustão – estatísticas nunca vistas antes naquela livraria; até as 11h desta quarta-feira (11/12), dia seguinte ao lançamento, não se sabe ao certo quantos livros foram vendidos, certamente, mais de mil. Todo mundo “sofreu” mais de duas horas na fila; não que os autores “botassem a vida em dia” ali, com os convidados, de jeito nenhum! Além da multidão em si, os autógrafos não eram automáticos, eram criativos e personalizados, a não ser pessoas como Christiane Torloni, Maitê Proença e Narcisa Tamborindeguy, que estavam entre as primeiras a chegar.
Muitos conhecidos, que só vão dar “um beijinho” (como assim? É muita cara de pau!), bem ao contrário do diretor Daniel Filho e da jornalista Alice Maria, que ficaram plantados, esperando a vez: “Não quero ser mal-educado”, disse Daniel. Pena que certas pessoas não ouviram. Merecia ser um mantra, se é que vocês me entendem… Ana Furtado e Boninho (que cozinha quase tão bem quanto o pai – rs!) compraram o livro e foram embora; nesse caso, não precisariam esperar pela assinatura – óbvio!
Boni vê semelhanças entre seu trabalho na cozinha e na televisão. “Tudo é uma coisa só; a TV também é um pouco de culinária, mas cozinhar é mais fácil. Você domina os elementos, você manda no alho, na cebola, no arroz, mas não manda nos artistas, nos autores. Você consegue controlá-los, mas não tem controle absoluto”, comparou. No entanto, segundo ele, o resultado na televisão é melhor: “A comida é mais perecível que a televisão – a gente come, e acabou; na televisão, o sabor dura mais tempo”. Quanto a outro sabor, o de ser amado, Boni viu no ator Luís Gustavo, que, depois de ficar 33 dias internado, praticamente pulou da Clínica São Vicente para o lançamento: “Foi uma bactéria que me causou problemas sérios, provocando uma endocardite. Ainda estou em tratamento, mas logo volto às gravações de “Joia Rara”. Estou convalescente, depois de uma luta ferrenha”.
No livro, tem a categoria “ver e ser visto”, com lugares para badalar. Amaral diz: “Fui a todos”. “E eu, provavelmente, a nenhum, porque não gosto nem de ver, nem de ser visto”, fala Boni. No geral, são três grandes listas, com 378 restaurantes de 26 países. Na principal, estão os 100+, os melhores do mundo na avaliação deles.
Oitenta foram visitados por Amaral e Boni, e os demais, escolhidos a partir da sugestão de amigos, que formaram um conselho consultivo. Na lista seguinte, estão 185 restaurantes recomendados pela dupla. Foram selecionados pela qualidade, mas ainda precisam mostrar um quê de excepcionalidade para estar entre os 100+.