Carolina Ferraz acha que seu defeito é aquele que, para alguns, seria uma virtude: gostar de trabalhar muito, sem parar, emendando um trabalho no outro. Carolina tem talento como atriz, tem talento pra se vestir, tem talento como chef, tem talento físico, além de outros tantos mais secretos, que só interessam a quem deles compartilha, certamente! Sincera, às vezes até demais, pode-se dizer que, desde sua estreia na televisão, em 1987, na extinta TV Manchete, mantém uma linha crescente na profissão, com uma vida discreta – até onde o dia a dia de uma pessoa pública permite.
Na Globo desde o começo dos anos 1990, Carolina, que foi modelo e bailarina, fixou-se no Rio e virou, praticamente, uma cidadã carioca, como tantos outros nascidos em outras cidades. No caso dela, no interior de Goiás. As novelas foram muitas; os casamentos, alguns; os amigos, inúmeros; filha, uma só: a linda Valentina, com o publicitário Mario Cohen.
Atualmente, a atriz está de volta à TV na novela Além do Horizonte, fazendo uma vilã. E, ainda, no longa “Crô – o filme”, protagonizado por Marcelo Serrado, que estreou esta semana, uma história de Aguinaldo Silva: “Amo o Aguinaldo, foi uma experiência incrível estar no projeto com ele. Me diverti horrores”, diz a atriz. Leia sua entrevista:
UMA ROUBADA: “Roubada é entrar em qualquer voo da ponte aérea, estar sentada, por exemplo, na fileira 3 e não encontrar espaço no bagageiro acima do seu assento porque o apressadinho da fileira 22 já colocou sua mala naquele lugar. Quantas vezes entro no avião, acontece isso.”
UMA IDEIA FIXA: “Tenho ideia fixa em melhorar sempre, absolutamente em tudo.”
UM PORRE: “Porre só se for de vodca porque não dá ressaca; champagne é péssimo. Uma ou duas caipirinhas já me deixam de fogo.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Frustração é não saber fazer doce. Gosto de cozinhar pratos salgados. Não acho necessário ser boa cozinheira – cozinhar é pra quem gosta. É mais importante ser uma boa companheira bacana, uma boa mãe do que uma boa cozinheira.”
UM APAGÃO: “De preferência, um apagão em outra cidade, a que não estou. kkkkkkkk”
UMA SÍNDROME: “Não sei qual, não sei nem se tenho uma síndrome.”
UM MEDO: “Tenho medo de barata. O Rio é a capital mundial das baratas. Quem nunca andou a pé por Ipanema? Tudo que tem de rato em Nova York, tem de barata no Rio.”
UM DEFEITO: “Um só? Adoro emendar um trabalho no outro. Adoraria ficar um pouco sem fazer nada; por exemplo, fazer aula de balé, essas coisas, mas não consigo.”
UM DESPRAZER: “Qualquer coisa que tenha creme de leite é um desprazer.”
UM INSUCESSO: “A gente mais fracassa do que acerta na vida; cada projeto é como lhe cai na hora. Minha profissão é cheia de desacertos.”
UM IMPULSO: “Quando estou compulsiva, eu vou e como, como tudo porque raramente eu tenho impulso. Parto pra ignorância, meu pecado é sorvete, adoro sorvetes. Minha geladeira é lotada – parece que estou esperando o mundo acabar e fico prevenida.”
UMA PARANOIA: “Tenho uma paranoia: não gosto de falar da minha vida pessoal – não é pela exposição. Acho que, na hora que a gente abre sobre isso, entram energias esquisitas. Já comprovei que às vezes falo alguma coisa e, logo na outra semana, dá algo errado. Por isso, fico na minha, quieta.”