A versão online do “The New York Times” fez reportagem e galeria de fotos, em sua seção “Fashion & Sytle”, sobre o consumo de marcas importadas pelas brasileiras, ilustrada com Beto Silva. Citou o vendedor da NK Store como exemplo de relacionamento com as clientes. “Enquanto sua jornada de trabalho na loja é de seis horas, ele passa a maior parte do tempo fora dela em contato com as clientes. Resultado: vivendo apenas de comissões, Beto chega ao fim do mês com ganhos iguais aos dos juízes, os servidores públicos mais bem pagos do Brasil – o equivalente a US$ 15.000”, diz o NYT.
Quando recebe coleção nova, acrescenta o jornal, Beto separa as roupas, tira fotos e envia para todas, sugerindo, por exemplo, como um Azzedine Alaïa ficaria perfeito. Outras vezes, ele pede que o motorista da loja, em Ipanema, leve as peças até as suas casas, para que avaliem pessoalmente. Raramente, alguma peça é devolvida. Outra característica de Beto elogiada pelo NYT é que ele é amigos das compradoras, a ponto de levá-las para jantar ou ir às festinhas de aniversário dos filhos. Uma vez, aconteceu de viajar de férias para Nova York com uma cliente especial (sem sexo, que fique claro). “Tenho muito orgulho da minha trajetória no comércio. Para quem começou de curtição numa loja de jeans, num shopping da Baixada Fluminense, acho que cheguei longe”, diz Silva, com o bom humor de sempre.