Sandra Moreyra descobriu um câncer no esôfago e resolveu desabafar-se no Facebook. A jornalista concluiu, poucos dias depois, que as inúmeras mensagens positivas e carinhosas que recebeu dos amigos fizeram com que se sentisse bem melhor. Perguntada, nesta terça-feira (13/08), afirma: “O que move a gente pra continuar é a família e os amigos. Tenho um marido incrível, dois filhos que amo muito e um neto muito querido. Tinha programado uma viagem para levar o neto, Francisco, ao Parque Kruger na África do Sul, agora em setembro. Tive que cancelar esses planos e pensar no tratamento, na cura, em ficar boa logo. Ter um objetivo, um sonho, uma meta ajudam.”
Sandra, que há cinco anos teve exatamente a mesma doença, continua: “O retorno do câncer me pegou num momento cheio de planos: terminando um documentário, Setenta, que eu e Emília Silveira estamos fazendo com coprodução do Canal Brasil e Globo Filmes, e com essa viagem planejada. Mas assim é a vida. De repente, joga tudo pro alto como um desafio. Tudo bem. Eu sou boa de desafios. Quero vencer mais esse”, afirma.
A repórter diz que está confiante, encarando seriamente o problema, e sabe que o tratamento é longo. Ela, que mora no Rio, está passando dois dias por semana em São Paulo, no Hospital Sírio-Libanês, sob os cuidados da médica Nise Yamaguchi. “Pensei umas cem vezes antes de me expor, mas tenho recebido muitas mensagens de tantos amigos. A químio é uma bomba que pinga lentamente um coquetel de remédios. Primeiro, foram protetores do estômago, depois os antienjoos. A bomba faz um barulhinho monótono. Está acoplada a um cateter implantado em meu corpo. Sinto um leve gosto de metal na boca e penso nos vinhos austríacos – isso anima. E tenho o Rodrigo Figueiredo (seu marido) ao meu lado, o que é bom demais.”