Narcisa Tamborindeguy – as quase meio milhão de referências a seu nome no Google, site mais acessado de buscas, traduzem um pouco dessa carioca que é sempre notícia. Esta semana, Narcisa voltou a “causar”; ofereceu uma versão bilateral das gigantescas manifestações de rua, ao falar sob o olhar do empresariado. E disso, ela entende – não apenas pelas credenciais que a levaram a participar, por duas vezes, do programa de TV “Mulheres Ricas”, mas, também, porque seus amigos “são mais da metade do PIB do Brasil”, como disse à jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
Depois que o Congresso derrubou a Pec 37, Narcisa propôs a Pec 38, porque os empresários não aguentam mais, segundo ela, financiar a máquina pública. De partida, Narcisa quer acabar com metade dos ministérios. Autêntica, bonita, bem-humorada e atuante nas manifestações – dá uma olhada na sua entrevista:
UMA LOUCURA: “São tantas desigualdades, roubalheiras e injustiças que todo mundo sai protestando sem nem saber direito por quê. Cada um mais louco do que o outro! Sou contra os vândalos que se infiltram pra destruir a paz das manifestações, são bandidos mesmo.”
UMA IDEIA FIXA: “Ultimamente, é salvar o restaurante Antiquarius (considerado um dos melhores do Brasil, no Leblon, vizinho do prédio do governador do Rio) da roubada de ser na mesma rua do Sérgio Cabral. O Cabral tem que ressarcir o restaurante, que, depois das passeatas, vive vazio. (Um grupo de manifestantes passou dias na porta e fechou parte da rua, como sabido). Ai, que absurdo!”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Frustração é saber que nada vai mudar de verdade, mesmo com tanto empenho e revolta do povo. O brasileiro não lembra de nada. A gente acaba esquecendo e eles voltam para o poder, que é afrodisíaco!”
UM APAGÃO: “Apagão seria terminar a luz no Maracanã em dia de jogo, como o do Brasil e Espanha (final da Copa das Confederações).
UMA SÍNDROME: “Tenho a síndrome da alegria incurável – ai, que loucura!”
UM MEDO: “Medo de morrer sem me despedir de quem amo, ou perder quem amo sem dar tempo de me despedir.”
UM DEFEITO: “Meu maior defeito é, às vezes, falar sem pensar e magoar quem eu amo muito.”
UM DESPRAZER: “Desprazer é ouvir um pronunciamento da Dilma.”
UM INSUCESSO: “Insucesso foi cair na passeata errada, como aconteceu semana passada. Fui parar na da Reforma Agraria, no Largo de São Francisco, levada por um jornalista da revista Paris Match, que queria fazer uma matéria comigo. Incomodei um grupo xiita, mas eu não queria provocar ninguém. Fui também protestar contra o Feliciano na passeata gay (nessa sexta-feira, 28/06). Pretendo ir às próximas.
UM IMPULSO: “O impulso de gastar o desnecessário sem pensar no que realmente preciso.”
UMA PARANOIA: “Acordar depois de um pesadelo e ficar achando que é verdade – Eike Batista”.