O caso do cabeleireiro Luiz Antônio de Jesus, que foi espancado (e acabou morrendo) dentro da boate Queen, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, é o principal tema nas redes sociais. Mais uma atrocidade contra um homossexual. A mais recente a se manifestar foi Jane Di Castro, que não se conforma: “Estou revoltada com essa história da boate Queen, em Jacarepaguá. Me admiro essa senhora Jade (dona do local), que sempre ganhou dinheiro com gays e shows de transformistas, vir dizer que foi um tombo. Tá querendo acobertar quem, minha filha? Cadê as câmeras da boate? Todas desligadas? De que andar ele caiu pra ficar daquele jeito? Vai ficar por isso mesmo? Espero que as pessoas tomem vergonha na cara e não pisem mais nessa boate de quinta categoria! E que a dona do estabelecimento responda por essa barbaridade. Chega de tanta bagunça. Não vou me calar!”
Jane se refere ao texto publicado por Jade Lima, dona da Queen, na página do Facebook: “Sei que muitos estão aproveitando a oportunidade para expor suas opiniões e inflamar um ponto pessoal e injusto, como se tivéssemos o interesse de acobertar ou abafar qualquer fato. Esclareço que havia sim, pessoas dentro do banheiro que ouviram um barulho decorrente da queda e que essas pessoas acionaram os funcionários da casa para ser feito o socorro necessário, as imagens do nosso circuito de TV já estão com a polícia, a boate e eu estamos completamente disponíveis para colaborar com toda investigação. Todos conhecem e sabem do meu trabalho e profissionalismo, sabem que sempre prezei pela integridade e respeito do maravilhoso público, nunca permiti ou permitirei qualquer injustiça com a comunidade LGBT.”
O cabeleireiro Luiz Antônio de Jesus foi agredido dentro da boate, chegou a ser internado, em estado gravíssimo com traumatismo craniano, ferimentos no rosto e no pescoço, mas não resistiu e foi enterrado na quarta-feira (29/05). A agressão e seus motivos estão sendo investigados pela polícia. Das 40 câmeras de segurança do local, a do banheiro, onde aconteceu o crime, não estava funcionando – situação que provoca revolta não apenas da comunidade LGBT.