O aeroporto Santos Dumont continua sem ar-condicionado, “probleminha” que começou em 2 de dezembro, ou seja, há exatos 18 dias. Como se sabe, as companhias aéreas brasileiras não têm como preocupação principal respeitar os horários dos voos, ou seja, todo mundo que precisa viajar corre o risco de passar algumas horas no calor africano que faz no Rio.
Pessoas como David Zylbersztajn, empresário com atuação na área de energia, que precisa usar a ponte aérea com frequência, comenta: “No mundo inteiro, aeroportos são grandes shopping centers confortáveis, que têm ao lado pátio e pista de pouso e decolagem de aeronaves. No Brasil, são a Quinta Porta do Inferno de Dante, onde o prazer de partir para uma viagem ou voltar para casa são substituídos por cansaço, mau atendimento, sujeira, demora e má alimentação a preços extorsivos.” E completa: “Apesar de nós, como Papai Noel, habitantes da fria Lapônia, não termos nada a ver com isso, é impossível deixar de mencionar a capacidade de superação da Infraero no quesito incompetência e desrespeito ao nosso dinheiro. Ao contrário dos aviões, que vão e voltam, na gestão da superestatal Infraero, nosso dinheiro vai. Para onde volta é uma outra história.”
Perguntado, o assessor de imprensa da Infraero Cesar Antonucci diz: “O pessoal está trabalhando – até domingo, o problema deve ser resolvido”!
Enquanto isso, Dilma Rousseff acaba de anunciar o lançamento, nesta quinta-feira (20/12), de um conjunto de medidas que vão melhorar a infraestrutura e a qualidade dos serviços aeroportuários no Brasil. Estão previstos investimentos de mais de R$ 7,3 bilhões na expansão da aviação regional. A sorte é que a presidente passa as festas de fim de ano na Bahia, portanto, não corre o risco de fritar no Rio. “Fritar no Rio” pode parecer um paradoxo; nesse caso, está longe disso…