![colar](https://lulacerda.ig.com.br/wp-content/uploads/2012/02/colar.jpg)
Vi no Facebook uma foto de um amigo com Eliana Tranchesi, na manhã desta sexta-feira (24/02) e senti alegria, na hora, ao pensar que ela estaria se recuperando bem e finalmente estivesse saindo de casa (como sabido, a empresária sofria de câncer no pulmão). Não era nada disso, foi apenas uma lembrança dele no dia da morte da Eliana (ela partiu na última madrugada, no Albert Einstein) – vim a saber minutos depois. Um choque!
Lembrei-me de algumas passagens com a dona da Daslu, sempre simpática, falando e olhando direto no olho. Entre elas, um almoço em sua casa em São Paulo. Logo que cheguei e a Eliana viu um colarzinho que eu usava, disse algo como: “Quero um desses o mais urgente possível”. Pensei: essa mulher tão poderosa usando tanta joia linda, ficar louca assim pelo meu colar de plástico? Expliquei que era vendido aos lotes numa loja pequena na Rua Saint-Honoré, em Paris, mas que não sabia o nome, só que era perto da Colette, não era difícil achar. Tranchesi disse que, no dia seguinte mesmo, providenciaria um pra ela. Não deve ter descoberto o endereço porque eu também tentei, sem sucesso!
Adoro presentear as pessoas com o que elas elogiam em mim, mas, no caso, era um amuleto com imagens coloridas da Medalha Milagrosa (foto). Não poderia passá-lo adiante. “O que te atraiu tanto no meu colar tão singelo?”, perguntei, e ela respondeu: “Sou devota da Medalha Milagrosa”. Disse ainda que, sempre que chegava à capital francesa, ia à Capela da Santa, na Rue Du Bac.
Em outra ocasião, ao entrevistá-la para a minha coluna, em 2004, pouco tempo depois de começar na profissão, no jornal O Dia, perguntei: “Papa, pai de santo ou Buda?” e ela respondeu: “Nossa Senhora”. Na mesma entrevista, disse ainda: “Só penso coisas positivas porque sempre acho que tudo vai dar certo”. Tranchesi vivia entre as melhores grifes, os melhores programas, os melhores brilhantes, os melhores isso e aquilo, mas sempre deixava atrás de si uma referência ao seu lado humano. Não, não sei definir – seus amigos íntimos certamente poderão fazê-lo melhor!