Dentro de mais ou menos uma semana, o Garcia e Rodrigues, tradicional restaurante do Leblon, com uma padaria maravilhosa e um dos melhores cafés da manhã do Rio, vai ao chão. O seu lugar, como sabido, vai ser ocupado por uma filial da churrascaria Porcão.
Já foi conseguido outro ponto, no mesmo bairro, para construir um novo Garcia; mas, como o contrato ainda não está assinado, ninguém quer falar onde fica. “O Leblon não vai perder o Garcia nunca”, diz Zé Ricardo Tostes, um dos donos. Como assim? Ainda que essas obras corram praticamente na velocidade da luz, pode-se contar aí um ano sem o Garcia e Rodrigues. Obra é obra!
Quem, no Rio, não teve um momento importante passado ali? Quem não fechou um bom negócio na antessala daquele restaurante? Quem não se aqueceu com um bom vinho ou com a melhor sopa de abóbora carioca, naquela varanda? Em poucos dias, passa a ser o “finado Garcia”, dos encontros do Manoel Carlos – muitas cenas para as novelas vieram à sua cabeça exatamente ali, muito romance começou ali, muita ressaca foi curada ali. Espera-se que consigam manter tudo igualzinho para o próximo – existe alguma história de transferência de charme de um ponto para outro? Vamos torcer!