Elza e Merval Pereira conversavam com uma jornalista, nesse fim de semana, na loja Nespresso, em Ipanema, enquanto esperavam na pequena fila do caixa. A certa altura, surgiu o nome de Paulo Jabur, citado entre os que vão cobrir a posse de Merval na Academia Brasileira de Letras, nesta sexta-feira (23/09). De repente, um garoto saltou do outro lado da loja e perguntou: “Vocês estavam falando do Paulo Jabur, o fotógrafo?”. Merval confirmou com um aceno e um sorriso, certamente achando a situação curiosa. O menino, ali pelos 10 ou 11 anos, olhou bem pra todos, procurou uma postura adequada para tão importante informação e, muito orgulhoso, afirmou: “Ele é meu pai”.
A impressão foi que, por alguns segundos, aquela criança se esqueceu, inconscientemente, de tudo: onde estava, o que fazia, o que existia ao redor – só interessava que todos ali soubessem que aquela pessoa de que falavam era o seu pai. A cena foi breve; logo depois, ninguém disse nada. No entanto, certamente, todo mundo pensou algo parecido: como deve ser maravilhoso ter um pai tão representativo a ponto de fazer o menino correr para se apresentar e querer que todos soubessem que ele era seu filho (com a jornalista Christiane Paiva Chaves). Quanto à Merval, depois da posse tem festa na casa de Andrea Gouvêa Vieira, sua cunhada, na Gávea.