Depois de um dia com o governador Sérgio Cabral, Lula foi o principal personagem da abertura da exposição “Betinho e o Ibase”, nessa terça-feira (09/08), na Caixa Cultural. É absolutamente incrível o apelo que o ex-presidente continua exercendo sobre o povo, independentemente da cultura e da classe social. “A única diferença de agora para quando ele era Presidente da República é o número de seguranças; a loucura do povo, de todo nível, continua a mesma”, dizia, impressionado, o fotógrafo Paulo Jabur.
Lula tem essa consciência, óbvio que tem, e tira proveito dela, afinal, a conquista é dele e de ninguém mais. Na hora do seu discurso, brincou muito com a plateia. Ao falar, por exemplo, as palavras “concomitantemente” e “poder-se-ia”, disse: “Viu como estou falando bem o português?”. O público aplaudia freneticamente, aliás, tudo que ele fazia, até a respiração, era razão para aplausos. Voltando ao evento em si, como sabido, Herbert de Souza, o Betinho, criou, em 1981, o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, o Ibase, que lhe faz essa homenagem, mostrando cartazes, fotos, cartas, vídeos etc., retratando a vida e o trabalho desenvolvido pelo grande sociólogo. A curadoria é da historiadora Dulce Pandolfi e do jornalista Augusto Gazir.