A prisão de Ananias dos Santos, responsável pela morte das irmãs adolescentes Josely e Juliana Oliveira, na pequena cidade de Cunha, São Paulo, exige atenção redobrada de empresários. É que o assassino confesso é pedreiro, profissão mais valorizada, hoje, naquela cidade, com pouco mais de 21 mil habitantes. Com o litoral paulista sobrecarregado de construções, a pequena cidade serrana de Cunha tem atraído novos investidores. Coincidência ou não, o Governo Federal beneficiou alguns deles com pensões, por serem ex-presos políticos e terem sido prejudicados pela ditadura militar. Famosa por reunir ateliês de cerâmica, a cidade vê com interesse e ressalva o número crescente de construções em terrenos da região. “O problema é que tem muitos estabelecimentos abertos aqui que funcionam de maneira sazonal, como uma espécie de hobby para quem tem outras ocupações na capital. Isso dificulta fazer de Cunha um polo turístico”, critica a dona de uma pousada que atua há mais de 15 anos na região