O que não acontece no Baixo Gávea? Ali rola de tudo, quem é que não sabe? Lugar famosíssimo no Rio, com gente variada: jovem, velha, louca, careta, todos convivendo muito bem entre si. Os turistas adoram, os artistas adoram, os cariocas adoram. No restaurante Braseiro, come-se uma das picanhas mais famosas da cidade; quase sempre, uma mesa é mais disputada que tudo por pessoas que podem frequentar os melhores restaurantes do mundo, seja onde for. E isso com seus desajeitos: barulho em volta, às vezes sujeira ao redor e flanelinhas que costumam guardar muito mais que carros, se é que vocês me entendem!
Os moradores da área vivem a andar a pé, e não é só para fazer caminhadas no parque vizinho, o Jardim Botânico. É por hábito mesmo, como os nova-iorquinos, ao mesmo tempo, com uma grande diferença: parando, conversando, tomando um café, como numa cidadezinha do interior, sem falar em tantas outras peculiaridades. A feirinha de antiguidades, aos domingos, atrai muita gente, e é uma das mais charmosas da cidade desde que começou, em dezembro de 1997. Esta semana, porém, aconteceu um fato inusitado: quem por ali vive e circula foi surpreendido com um delicioso perfume, assim, de repente. O cheiro era tão forte que chegou ao ponto de uma atriz, depois da décima tacinha (mas ainda de pé), perguntar aos amigos se a bebida estaria atingindo ou confundindo seu olfato. Não, não estava. Saía dessa plantinha aí da foto: um pé de jasmim, conhecido também por “dama da noite”, perfumando a madrugada. E o melhor: sem fazer concorrência com as outras “damas” que dão as caras na área.