Falou em carnaval, a gente pensa logo numa pessoa: Luiza Brunet. E existe uma boa razão pra isso: a ex-modelo desfila na Marquês de Sapucaí como Madrinha de Bateria há exatos 27 anos, mais tempo do que a idade de muitas iniciantes no posto. Não se sabe se pela experiência ou o quê, o dia do desfile não muda nada pra Luiza. “Nesse domingo (06/03), por exemplo, fiz pilates, cuidei dos filhos (Yasmin e Antonio), fiz compras no Hortifrutti, cozinhei para a família, ou seja, um dia como outro qualquer”, diz.
À noite, já se transformou numa deusa na Avenida e, como sempre, fez bonito. Se sua escola ganha ou não ganha, Luiza sai sempre vencedora: tem corpão, tem classe, tem carisma. “Uma madrinha espera ser reconhecida pela arquibancada, ser aplaudida pela massa”, diz.
Estreamos essa pequena entrevista com ela por essas razões, mas poderia ser por muitas outras. Demos o nome de “Invertida”, aquela posição da Ioga em que o praticante fica de cabeça pra baixo, por ser o oposto das entrevistas-padrão. À eventuais interessados, ela esclarece que não acredita em “amor de carnaval”: “‘Amor de carnaval’ não existe – é tudo muito passageiro.”
1- Uma loucura – “Viver um grande amor. Na verdade, já vivi. É esse o desejo de qualquer um de nós.”
2- Uma roubada – “Ir pra Búzios ou qualquer lugar na alta temporada – ninguém se diverte.”
3- Uma ideia fixa – “Ideia fixa de ser feliz, como todo mundo. Não posso me queixar: o último ano foi abençoado pra mim, trabalhei demais. Outra ideia fixa é não me deixar corromper e ser considerada um exemplo de mulher por pessoas bacanas. Outra ainda seria a Imperatriz vencer o carnaval, o maior presente que eu poderia ganhar.”
4- Um porre – “Gente de porre……eu já tomei um de vodka nos anos 80. Foi tão violento que parei de beber, não bebo mais. Só água com gás.”
5- Uma frustração – “Não ser reconhecida quando fiz algo correto. Minha maior frustração nos últimos tempos foi fazer aquelas fotos com o Terry Richardson. Muita gente se meteu, apesar de ninguém ter o direito de opinar.”
6- Um apagão – “Sapato apertado é a pior coisa do mundo: me deixa literalmente apagada.”
7- Uma síndrome – “Não tenho: nem de pânico, nem de consumo, nem de nada.”
8- Um medo – “Tenho muito medo de avião. Vivo dentro deles, é um sufoco. Se tiver previsto possibilidade de turbulência, não embarco.”
9- Um defeito – “Mania de limpeza. Pra dar uma ideia, cheguei ontem (último sábado – 05/03) na suíte presidencial do Copa, depois do baile, e arrumei tudo, arrumei o banheiro, limpei os copas, limpei tudo, como se fosse eu a faxineira do hotel. Isso sem falar na higiene pessoal: depois das festas, não durmo sem tomar banho e lavar os cabelos.”
10- Um desprazer – “Detesto jantar com grupo desarmonioso. Às vezes nos convidam para jantares pequenos, e não vou perguntar quem vai. Quando chego, descubro que não tem a ver comigo – aí é um mico.”
11- Um insucesso – “Convidar amigos para jantar em casa e nada sair bom. Isso é uma tragédia para quem gosta de cozinhar, como eu.”
12- Um impulso – “Comprar por impulso algo de que não preciso. Às vezes acontece, apesar de não me considerar consumista; depois acabo dando para quem precisa.”