Se vivo estivesse, o maestro Tom Jobim teria aplaudido de pé seu primogênito, o também compositor Paulo Jobim, que herdou do pai a preocupação com a biodiversidade da fauna brasileira. Para Paulinho, a mudança do Código Florestal que vem sendo debatida no Congresso é uma verdadeira “galhofa”. O protesto foi feito no palco do Espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, onde o Ano das Florestas foi lançado pela ministra do Meio Ambiente, Izabela Teixeira, na noite da última terça-feira. “É preciso que prestemos atenção nesta revisão, para não construirmos um deserto”, alertou Jobim. Chamada em seguida ao palco, a ministra do Meio Ambiente não perdeu a deixa. “O clima (no Ministério) é de otimismo. Prevalece (no Congresso) o bom-senso nas negociações. É necessária a modernização do Código”, defendeu antes de chamar atenção para a cautela necessária nesse tipo de discussão: “Aprendi que política é ouvir, negociar e ter bom- senso”.