O aniversário de Priscilla Levinsohn foi a noite mais animada dos últimos anos. Pela proximidade da casa, na Gávea, com a Rocinha, muita gente comentava ser um momento inadequado, tendo em vista o que acontece na cidade. Perguntada, no dia anterior, a aniversariante disse que manteria a festa e completou: “Pros bandidos, a lei!”. Portanto, a segurança, com certo exagero, era de chefe de Estado. Talvez pela onda de violência, pela tristeza, pela crise, pelo luto pelo Rio estar no chão (quem sabe, renascendo), a cariocada tenha se esbaldado tanto. Tudo parecia mais intenso, como que no meio da guerra, comemorando a vida ou, ainda, não se deixando oprimir pelo terror, não se acovardando. Tudo isso contribuiu com o astral. Möet era servido para os 500 convidados como chope num dia quente no Jobi (um dos mais famosos bares populares do Leblon). O título “Festa na laje”, com o espaço transformado num botequim de verdade por Antonio Neves da Rocha, comida autêntica de boteco, show de Dudu Nobre e apresentação da escola de samba, nada disso pesou na escolha dos figurinos: muitas mulheres estavam vestidas praticamente para um black tie. Fora os detalhes sem importância como esse, o ponto alto foi o som do DJ Nepal – o povo enlouqueceu. Priscilla estava felicérrima, recebendo os mais variados amigos: de Boni de Oliveira a Alexia Dechamps, de Guilherme Fiuza e Narcisa Tamborindeguy à psicanalista Bia Kuhn, de Karina e Luis Octavio Indio da Costa a muita gente bacanérrima.