O segurança da propriedade de Odaléa Brando Barbosa, dona do Instituto Brando Barbosa, que ocupa um terreno de 12.000 m² no Jardim Botânico, e abriga um dos mais importantes acervos do mobiliário brasileiro (dos séculos XVIII e XIX), levou um susto no começo da noite dessa segunda-feira (25/10), ao ouvir: “Abre, é da polícia”, repetidas vezes. Abriu correndo, claro. E era mesmo: dois agentes tinham em mãos uma intimação na qual Odaléa era “convidada” a comparecer à 15ª DP na próxima quarta-feira (27/10) para prestar depoimento. O documento alega que ela “causou sanções penais ao meio ambiente”. Não comparecendo, Brando Barbosa cometeria “crime de desobediência”, artigo 310 do Código Penal. O nº do boletim de ocorrência, assinado pela delegada Bárbara Bueno e pelo inspetor Leonardo Santos Rosário, é 015-03378 -2010. Odaléa supõe que tudo isso esteja acontecendo por ela ter queimado bambu seco recentemente, e o cheiro ter vazado. A mansão Brando Barbosa e todo o acervo de tapetes persas, prataria inglesa e portuguesa, porcelana chinesa, opalinas e santos barrocos do banqueiro Jorge Brando Barbosa (seu marido), já falecido, foram doados ao Exército, em 2009. O desejo de Odaléa é que o casarão seja preservado e aberto à visitação pública depois de sua morte.