Como sabido, Eike Batista vem enfrentando alguns problemas com vizinhos, desde que começaram as obras no Hotel Glória – chegou a cair uma pedra da obra no apartamento do costureiro Guilherme Guimarães. Todos reclamam do barulho ensurdecedor. Semana passada, apareceu no prédio, na Rua do Russel, 680, um dos diretores do grupo do empresário, falando do seu interesse em comprar todos os apartamentos, formado por 12 andares com dois apartamentos por andar, de 190 metros quadrados cada um. Foi deixado um cartão com o síndico. Acontece que alguns moradores não têm interesse em vender o imóvel por dinheiro nenhum, caso do fotógrafo Flávio Colker, que acaba de comprar um imóvel ali: “Isso parece uma ópera bufa. Não estou interessado em vender nada. Quero ficar lá, quero aquela vista, quero paz de espírito.” diz Colker. Perguntado se não tem nem interesse em ouvir uma proposta tentadora, conclui: “Não comprei pra fazer negócio”. Para Eike, com tanto dinheiro, muita coisa fica bem mais fácil, mas, nesse caso, pode não ser simples. Existem moradores que alugam os apartamentos, outros tantos amam o prédio, que, depois de inaugurado o hotel, devem ficar ainda mais valorizados.
Eike consegue comprar tudo. Ou quase tudo?
