Parte da herança de dona Nina Peixoto Palhares (matriarca da família Peixoto de Castro, uma das mais tradicionais do Rio), morta em fevereiro deste ano, estará à venda em grande leilão, ainda não decidido se no Brasil ou no exterior, mas apenas a parte que os 10 herdeiros (nove filhos e uma neta) não escolherem pra si, o que não é pouca coisa. São muitas obras de arte – só quadros, mais de 50, entre eles o famoso “Baile na Roça” de Portinari. Um historiador já esteve no apartamento onde dona Nina viveu, na Av. Delfim Moreira, para listar e avaliar tudo. O apartamento está à venda, já que ninguém da família quer morar lá, pelas muitas lembranças dessa mulher, que foi uma grande personagem no Rio de Janeiro e, certamente, maior ainda na intimidade. A parte de porcelana Cia. das Índias, por exemplo, não vai ser vendida. À frente de tudo, está João Carlos Peixoto de Castro, o Capeta (apelido infantil, que, aliás, ele nunca apreciou muito), seu filho. Os Peixoto de Castro, entre outras coisas, foram fundadores da Refinaria de Manguinhos, à época, década de 50, um grande marco na história industrial brasileira.