Foi, nessa quinta-feira, a estreia de “Orfeu”, no Canecão. O musical, levado aos palcos pela primeira vez em 1956, é uma parceria de Vinicius de Moraes, que entrou com o texto e as letras, e Tom Jobim, com as músicas, como sabido. Essa versão é dirigida por Aderbal Freire-Filho, surpreendido, ao fim do espetáculo, com os atores gritando seu nome em coro. Aderbal (deve ser uma das poucas pessoas no Rio que ainda enrubescem) na plateia, ao lado da mulher, Marieta Severo, subiu na cadeira e agradeceu, além das bochechas rosadas, com todo o seu coração. Foi bonita a cena! Três filhas de Vinicius estavam no Canecão: Suzana, Luciana e Maria, a mais jovem delas, que adorou o que viu no palco, e acha que seu pai, como fez o público, teria aplaudido de pé. A peça, que retrata uma trágica história de amor passada numa favela carioca, onde os principais atores são Érico Bras (Orfeu) e Aline Nepomuceno (Eurídice), fica em cartaz apenas duas semanas. A certa altura, muita gente acompanha os atores, cantando as músicas mais conhecidas, ou seja, quase todas. Isabel Fillardis, que também tem papel de destaque, usa um vestido branco, com alguma transparência, o que gerou perguntas entre os convidados de Mário e Giovanna Priolli, que organizaram duas grandes mesas: estaria ela nua por baixo? Não dá pra responder com segurança, mas o fato é que, nua ou não, a atriz está com o corpão em dia. Que importância isso tem? Pode ter muita, tudo depende de quem é ou não, ligado em estética. Falando nesse tema, as atrizes, de maneira geral, são muito bonitas. A direção musical é de Jaques Morelenbaum e Jaime Alem; a iluminação, de Maneco Quinderé; os cenários, de Marcos Flaksman. De Silvia Buarque a Cacá Diegues, de Andrea Beltrão a algumas socialites, amigas de Giovanna: todos lá.