O cientista político Luiz Eduardo Soares resumiu assim a situação do intenso tiroteio entre polícia e bandidos, que aconteceu neste sábado, em São Conrado: “Estou no Afeganistão? Não, sou repórter de guerra na Zona Sul do Rio de Janeiro. Se moradores dos prédios estão assustados, imagino na Rocinha.” Quem acha que esse tipo de violência só deixa em pânico os moradores da Zona Sul da cidade, está completamente enganado. “Os bares da Rocinha, sempre lotados nos fins de semana, estão completamente vazios, as lojas estão fechadas, a população está tensa e apavorada”, diz o morador da famosa favela carioca Edu Casaes (que trabalha com a vereadora Andrea Gouvea Vieira), ele saiu de casa para comprar um remédio no começo desta tarde. Quanto aos vizinhos do Hotel InterContinental, onde foram feitos de reféns hóspedes e funcionários, ninguém deve botar a cada na rua durante o fim de semana. A população, que parece nunca se acostumar (de jeito nenhum!) com essa quase rotina carioca, se recolhe nessas horas. Quanto aos turistas que ali estavam hospedados, melhor nem falar da impressão que vão levar do meu, do seu, do nosso Rio.