Algumas músicas grudam como chiclete; e não são só as atuais repetitivas paradas de sucesso. Há 50 anos, “Dio, Come Ti Amo”, na voz de Gigliola Cinquetti, foi um fenômeno, inclusive no Brasil. À época, a cantora conheceu parte do País e seus “tesouros”, como o Rei Roberto Carlos, que a apresentou à TV, e Chico Buarque, de quem gravou “O Que Será”. Agora, Gigliola está de volta ao Brasil, com a turnê mundial “Una Storia D’Amore”, no palco do Theatro Municipal, dia 11 de novembro.
Embora a música italiana tenha desaparecido por completo da rádio e TV brasileiras, muitos desses artistas permaneceram ativos, caso de Cinquetti. Ela completa 69 anos em 2017, e só parou quando se casou e teve filhos. Desde os anos 1990, trabalha na televisão pública italiana RAI. Em 2008, recebeu o Prêmio Giulietta alla Donna, em reconhecimento pela carreira de sucesso. No fim de 2015, lançou um novo álbum “20.12”, o primeiro de inéditas em 20 anos. A crítica aprovou o tom pop da cantora, que deu uma renovada no repertório: tem até uma releitura de “Lady Jane”, dos Rolling Stones.
[top5] numero:1 [f] titulo:O que conhece do Brasil? [f]
desc: O Brasil é muito grande, mas vou tentar dar umas voltas da melhor forma possível. Estive no País umas quatro ou cinco vezes. Andei na areia de Copacabana, bebi caipirinha, dancei e ouvi música. Na minha casa, em Roma, há uma estatueta de Iemanjá que trouxe de uma viagem de duas semanas de férias em Salvador, na Bahia. Agora, durante a minha estada no Rio, queria visitar o Bar Castelinho, em Ipanema, mas me disseram que não existe mais… [/top5]
[top5] numero:2 [f] titulo: Quais são suas expectativas para cantar no Rio? [f]
desc: Estou ansiosa. Lembro-me de uma noite no Canecão, em que havia mais pessoas do que o local comportava, e todos estavam eufóricos. No final do show, fiquei por quase três horas cumprimentando as pessoas em frente ao meu camarim. Era uma fila interminável, mas todos me abraçaram e me beijaram. Nunca me esqueci. [/top5]
[top5] numero:3 [f] titulo: O que o público pode esperar do seu show? [f]
desc: Minha história de amor com a música, que também significa meu afeto pelo público e minha paixão pela vida.
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[top5] numero:4 [f] titulo:Você acredita que ainda há espaço para a música romântica? [f]
desc: Sim, desde que não signifique nada fantasioso e falso; mas uma experiência que produza a doçura a que todos têm direito. [/top5]
[top5] numero:5 [f] titulo:Quais são seus ídolos na música e na vida? [f]
desc:Eu amo a voz de Maria Callas e a de meu marido. [/top5]
[top5] numero:6 [f] titulo:Você consegue alcançar a nova geração? Conhece o funk carioca? [f]
desc: Até agora, tenho conseguido isso. Funk? Espere, vou procurar na Internet. Pronto! Minha ideia do funk é o zumbido da minha bicicleta descendo uma ladeira. [/top5]
[top5] numero:7 [f] titulo:O que conhece da música brasileira? [f]
desc: Tive a sorte e honra de conhecer pessoalmente e ouvir os melhores artistas brasileiros vivos: Roberto Carlos, que me apresentou da televisão brasileira, Vinicius de Moraes, Toquinho, Tom Jobim, Simone, Maria Bethânia, Gal Costa… Todos eles conheci no Rio, e depois Chico Barque de Holanda, de quem gravei a mítica composição “O Que Será”. Eu poderia ter cantado com cada um deles! Ahhh, e Elis Regina (que não está viva, infelizmente), que conheci em Roma. [/top5]
[top5] numero:8 [f] titulo:O que mudou em sua vida depois do sucesso?
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desc: Tudo, exceto eu. [/top5]
[top5] numero:9 [f] titulo: Em dezembro você completa 69 anos. Como lida com a idade? [f]
desc: Melhor não pensar e nem enfrentar isso. Manter-se sempre em forma é uma dureza…… [/top5]