O projeto “Pele”, do diretor criativo Marcelo Feitosa e do fotógrafo Brunno Rangel, namorados e sócios – criadores da revista “WOW” -, tem feito muito barulho na Internet. Circula por aí uma foto da atriz Priscila Fantin posando nua pela primeira vez. “Pelada para meus amigos supertalentosos. Acho lindo esse projeto porque só acredito no que é natural e sem retoques (na vida)”, disse a atriz, de 34 anos. O título do trabalho já diz tudo: “Por baixo da roupa, todos somos pele”- e vai virar um livro generoso e exposição com lançamento em meados do próximo ano – as imagens dos nus completos só na publicação. “A ideia é mostrar que, por debaixo da roupa, todos somos iguais de alguma forma, mas muito diferentes. Também fotografamos gordinhas, magrinhas, gente com cicatriz, negros, roxos, todas as cores e formas para mostrar isso”, diz Brunno, cuja facilidade para tirar a roupa dos convidados é algo impressionante – na “Wow”, por exemplo, ele conseguiu despir Bruna Marquezine, Deborah Secco e Juliana Paes. “Essa causa está fazendo as pessoas perderem o medo de tirar a roupa. E também queremos desmistificar essa idolatria aos artistas e mostrar que todo mundo é pele.”
Outra foto que está fazendo sucesso é a da atriz Raquel Fabbri, que encenou episódios de bullyng na novela “Alto Astral” (2015), por causa do sobrepeso, e interpretou uma modelo plus size em “Malhação” (no ar até maio de 2017). A carioca de 29 anos já sofreu preconceito por ser “fora do padrão”. Durante a novela, por exemplo, ela emagreceu mais de 15 quilos, mas nada estético, e sim por problemas de saúde. “Foi um processo em que passei a cuidar mais dos meus hábitos, como exercícios diários na rotina, e isso me deixou mais saudável. Não faço dieta, me alimento bem. Estou feliz comigo independentemente do meu corpo ou do ‘tamanho’ que tenha”, diz ela. Foi difícil ficar nua? “Ficar nua é fácil, mas como foi minha primeira vez, gerou uma ansiedade boa, um nervosismo do desconhecido. Não por estar nua, mas por mostrar a essência da minha alma sem o pudor do nu”, conta ela deixando uma última lição: “Não adianta deturpar todo o processo, tachando as mulheres de pessoas que não tão nem aí para os seus corpos. Pra você ser saudável, não necessariamente precisa estar magro ou esquelético, como mandam os padrões. As mulheres têm que se amar e compreender que ninguém nunca será igual ao outro no mundo. O valor interno é o único que existe, e não simplesmente usar o corpo como moeda de troca”. A próxima a tirar a roupa será Fernanda Paes Leme.