Isabela Capeto precisou percorrer um caminho movimentado até poder contar com seu tempo mais livre. Desde que voltou a atender num atelier, no Horto, ela tem, inclusive, a opção de lançar coleção quando bem entender. Mas, para voltar ao esquema bem parecido com seu início de carreira, a estilista passou pela decisão de vender sua marca para a holding InBrands – e depois, em 2011, pelo arrependimento e a recompra da grife. Porém, agora, com vários desfiles no Fashion Rio e na São Paulo Fashion Week no currículo e parcerias com várias empresas, Isabela é dona de uma grande rede de clientes e fãs das suas peças femininas, românticas, com estampas criativas e artesanato delicado. A mídia especializada, nacional e internacional, também a tem em alto conceito. Aqui, Isabela fala sobre a coleção que lançou, dia 17, para a C&A, e sobre o que, na sua opinião, é melhor que fazer moda.
Qual o grau de emoção ver pessoas que jamais poderiam comprar suas roupas na loja, daqui em diante usando as criações Isabela Capeto, já que vc está assinando uma linha popular para a C&A? Ou não tem nada de emocionante nisso?
“O que mais gosto é de dar oportunidade ampla e democrática. Gosto de ver a manicure, a mulher do porteiro usando a minha marca.”
Com essa crise nacional, pode ser uma boa ideia todo mundo comprar um pouco em lojas populares?
“A crise é complicada, triste, angustiante, mas tem também o lado de se reinventar – as pessoas ficam mais criativas. A gente acaba comprando também quando é uma peça de desejo, peças especiais.”
A inspiração para a sua moda é mais instintiva, ou você gosta de fazer muita pesquisa antes de desenhar suas coleções? O material, o tecido, surge antes da ideia?
“Surge tudo misturado: quando estou desenhando, já penso no tecido. Para a C&A, por exemplo, pensei tudo muito em cima de sarja, algodão, linho – tudo 100 por cento. Tem pesquisa, sim; pesquiso em vários lugares do mundo.”
Com tanta informação na Internet, está mais difícil agradar à consumidora? O que para vc seriam as peças clássicas no guarda-roupa de uma carioca?
“As pessoas querem coisas bonitas. A carioca compra pra se enfeitar, adora novidade. Carioca tem que ter vestidos, saias, camisetinhas.”
Que tipo de roupa você, Isabela, nunca vestiria?
“Não visto saia curta e shortinho; não tenho mais idade pra ficar por aí de minissaia, aos 45 anos. Tem que saber e estar de acordo com cada idade – fica mais mais chique. Fora, que nunca tive um corpo da Gisele Bundchen.”
O que é melhor que fazer moda?
“Melhor do que fazer moda? Ah, tem tantas coisas melhores (rsrsrs), se apaixonar é uma delas!”
Parabéns Isabela. Gostei muito de suas colocações e criação. Sensatez e humildade é super elegante.
Gostei da declaração dela sobre não ter idade para andar de saia curta e shortinho, mas, a minha pergunta é : Será que agora teremos a oportunidade de usar roupas bonitas na altura do joelho? Sempre que vou as lojas só vejo roupas curtas bonitas e como penso como
ela fico sem opção.
A gente só vai saber se voce usar. experimenta e posta uma foto.