Essa espetacular piscina vazia fica no Edifício Raposo Lopes, na Rua Almirante Alexandrino, n° 3.226, em Santa Teresa. O prédio no estilo art déco, com 10 andares e apartamentos amplos de dois e três quartos, foi construído na década de 1930, a mando do comendador Raposo Lopes, que o batizou com o seu próprio nome. Moradores e ex-moradores chamam o prédio carinhosamente de “Raposão”.
O comendador era dono da Fábrica de Cosméticos Beija-Flor e da Perfumaria Lopes, cuja sede ficava na Praça Tiradentes. Também foi ele quem fundou o extinto Santa Teresa Piscina Clube, cujos atletas e frequentadores usavam a piscina de 25 metros de comprimento como point, nos “anos dourados” do Rio. Quem observa de longe tem a impressão de que ela flutua.
A grande piscina foi esvaziada definitivamente, há, mais ou menos, 15 anos por causa das infiltrações e do alto custo de manutenção; comportava 740 mil litros. Foi construída sobre 29 colunas de concreto armado e era iluminada com luzes fluorescentes. A última reforma para troca dos ladrilhos não deu certo, e o condomínio acabou ficando no prejuízo e sem poder usar o seu maior atrativo. Embaixo da piscina, podem ser vistas as janelas do enorme salão de festas do condomínio, equipado, no passado, com cozinha industrial e um armário frigorífico.
O Raposo Lopes ainda contava com garagem, jardim, ginásio e residência para funcionários. Na ampla varanda no nível do térreo do prédio, eram exibidos filmes nas noites de sextas, entre os anos de 1949 e 1952. Algumas produções nacionais escolheram esse símbolo de Santa Teresa como locação. Dentre eles, estão o recente clipe “Mais Fácil Falar que Fazer”, de Rapha Lucas; o filme “Pequeno Dicionário Amoroso”, de 1997; e o filme “Rio eu Te Amo”, de 2015.
