A história da viúva Regina Gonçalves, que esteve supostamente vivendo em cárcere privado, no Edifício Chopin, prédio de alto padrão, na Avenida Atlântica, com suspeita de violência, arrombamento de cofres, roubo de joias e antiguidades, ganha um novo capítulo pela voz dos vizinhos, a cada dia. Muitos deles andam tensos, mas poucos querendo assinar as declarações, até porque a maioria de nada sabe, não têm notícias dela tampouco a quem recorrer.
Dona Regina, que morava com um motorista-namorado, sempre viveu em apartamento duplo no terceiro andar de um dos prédios; são três ali, além do Chopin, que é o da frente, existe o Balada e o Prelúdio, todos com 11 andares, mas normalmente chamados de Chopin.
Procurada, a empresária Alice Tamborindeguy, cuja mãe, também Alice, e Regina sempre foram melhores amigas, comenta: “Quero muito saber cadê a Regina. Estou empenhada, eu e muita gente aqui da sociedade, porque ela é muito querida, isso é unanimidade. Sempre foi muito rica, com fazenda, imóveis, joias — merece ter a vida de antes. Ninguém tem ideia de onde ela está. Gostaria de mostrar o meu carinho por ela ter sido tão ligada à minha mãe.”
Procurada, a síndica do Chopin, Marina Felfeli, ausente do edifício há alguns dias, internada num SPA, comenta: “O que sei é o que me falaram, que a Regina estava em cárcere privado, mas eu não vi, portanto não posso comentar. Falei com ela por vídeo, no seu aniversário, não sei a data, mas foi no começo do ano — ela parecia bem, leve, alegre. Não me envolvo em assuntos pessoais do prédio, a não ser quando me pedem socorro. A Regina, uma das pessoas mais humanas e gentis que conheço, deve voltar pros seus apartamentos. No momento ela está na casa de um irmão, vou falar com a cunhada dela e te procuro”.
Outra moradora, que não quer o nome publicado, comenta: “Só sei o que os porteiros falam; não sabemos nem da Regina, nem do rapaz que morava com ela”.