Aglomeração em boate, pode? Só se for de alimentos! Cansamos de ver por aí inúmeras festas clandestinas todo fim de semana. Não é o caso do produtor de eventos Magrão, como é conhecido, das casas noturnas da Zona Norte, que começou uma campanha nas redes sociais para conquistar cestas básicas para os “extras” — profissionais que ganham diárias na noitada e vivem de eventos, como garçons, recepcionistas, operadores de som, copeiros, cozinheiros, faxineiros, DJs, seguranças etc.
“O nome já diz: clandestino é ilegal. Eu não faço. Vou esperar o momento certo pra voltar e, enquanto isso, vamos nos adaptando e usando o tempo para poder ajudar as pessoas, e ponto. No ano passado, tive 80% dos meus rendimentos afetados e nem por isso tive motivos para disparar contra uns e outros. Temos que cuidar dos nossos e repensar hábitos financeiros”, diz ele, que, há cinco anos, é produtor dos sábados da boate Vitrinni, na Barra.
É a segunda edição da campanha, que começou no início desta semana e já favoreceu 156 famílias em cinco dias; na primeira etapa, foram 554 famílias, no ano passado, com 13 toneladas de alimentos. “Claro que não podemos salvar o mundo, mas estamos ajudando a quem realmente precisa.”