Pra você, que está em casa com a covid, como metade dos cariocas, que tal alguns programas imperdíveis que dependem de um bom sofá ou da sua cama e controle remoto na mão? Segue o fio:
— O filme “A filha perdida”, na Netflix, levou o prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza no ano passado. Têm artistas talentosas, como Olivia Colman (que interpretação!), Oscar de melhor atriz por “A Favorita” (2018), e Dakota Johnson, de “Cinquenta Tons de Cinza”; de paisagens lindas da Grécia a separações dolorosas. Adaptação de romance da Elena Ferrante. (Por Lu Lacerda)
— O documentário “O canto livre de Nara Leão”, no Globoplay, direção de Renato Terra, conta a vida dessa artista, que foi muito mais que uma cantora, ‘contando histórias através das canções e dos compositores que escolhia gravar’. Têm depoimentos de Maria Bethânia, Chico Buarque, Roberto Menescal (amigo de Nara a vida inteira), Paulinho da Viola, Marieta Severo, Cacá Diegues e Isabel Diegues se você ama o Rio, se você ama música, se você ama a arte. A gente sai da realidade por um bom tempo e fica num bom lugar. “Nara é foda”, como disse João Wainer, na FSP. (Por Lu Lacerda)
— Se você é muito ligado em streamings, já deve ter assistido a “Mare of Easttown”, da HBO Max; senão, dá o play agora. A série de suspense policial tem Kate Winslet como protagonista (brilhante!), investigando casos de jovens desaparecidas num pequeno subúrbio da Filadélfia, nos EUA. A produção não vai deixar espaço para você sentir algum sintoma da covid durante os sete episódios. Densa e com final surpreendente. (Por Dani Barbi)
— Da mesma HBO Max, só que pra rachar o bico, é “Hacks”, comédia dramática com Jean Smart, que levou o “Globo de Ouro 2022” como melhor atriz e a produção e melhor série de comédia. Divertida e ácida, a gente quer dar uns tapas em Jean, ímpeto neutralizado com as gostosas gargalhadas da protagonista, que interpreta Deborah Vance, uma comediante em decadência, que contrata uma jovem da Internet (Hannah Einbinder) para escrever novas piadas. São 10 episódios curtinhos, de 25 a 30 minutos. Detalhe: Jean também está em “Mare of Easttown”. (Por Dani Barbi)
— O filme “Um Contratempo”, do cineasta Oriol Paulo, foi lançado em 2017, na Netflix, mas, com tanta novidade, alguns imperdíveis ficam escondidinhos. O suspense espanhol é um deles, uma espécie de teste pra cardíaco, construído racionalmente, amarrado com cuidado e com tensão crescente e constante, além de repleto de reviravoltas. Adrian Doria (Mário Casas) é um empresário casado com uma bela mulher, tem filho e amante. Num belo dia, ele acorda em um quarto de hotel, com a amante morta e coberta por dinheiro. (Por Dani Barbi).
— Quem gosta de Scarlett Johansson assiste a praticamente qualquer produção com a atriz — mesmo falando mal. Depois de fracassar nos cinemas, em 2017, a ficção “Ghost in the Shell: A Vigilante do Amanhã” virou sucesso na Netflix neste início de ano. A trama acompanha a ciborgue Major e suas missões especializadas no combate ao ciberterrorismo com sua força-tarefa, a Seção 9, treinada para frustrar os planos de hackers. Se ela estivesse no Brasil, o ConecteSUS nunca seria atacado. (Por Dani Barbi).
— Aproveita a desculpa do lencinho para a covid e disfarça com as novas cenas de “This is Us”, na Star+, com sua sexta e última temporada no ar desde a semana passada. Se nunca viu, provavelmente não vai
arrepender-se mesmo com o chororô. (Por Dani Barbi).