Apesar da extensa área verde e de abrigar uma das maiores florestas urbanas do mundo, o Parque Nacional da Tijuca é carente de animais nativos. Na tentativa de mudar esse cenário, uma ação com pesquisadores da UFRJ e UFRRJ — em parceria com o corpo técnico do ICMBio, do RioZoo e do Instituto Conhecer para Conservar — vai liberar 14 cutias no local nesta quinta e sexta (16 e 17/05). “A floresta do parque passou por um processo de desmatamento e posterior reflorestamento que a transformou em uma floresta vazia, com poucos animais. A reintrodução de espécies ajuda a devolvê-las a áreas onde tinham sido localmente extintas. Nós temos o compromisso com a conservação deste patrimônio”, diz Fernando Sousa, diretor Institucional e de Sustentabilidade do Grupo Cataratas e do Instituto Conhecer para Conservar.
Criadas soltas e convivendo ao lado dos visitantes do RioZoo e do Campo de Santana, as cutias ficaram em quarentena dentro no zoológico carioca, onde foram monitoradas pelas equipes de veterinários e biólogos, até nova soltura. “As cutias têm papel fundamental na dispersão das sementes e ajudam a manter a floresta de pé”, explica Catharina Kreischer, bióloga e pesquisadora do REFAUNA. Depois de liberadas, as novas moradoras do parque serão acompanhadas por radiotelemetria e, futuramente, vão ganhar a companhia de outros animais, como bugios, jabutis e araras.