Mais ou menos 20 artistas brasileiros que moram na França mobilizaram-se para produzir a exposição “Amanhã há de ser outro dia”, a convite de Sandra Hegedüs, fundadora da ONG SAM Art Projects, colecionadora e uma das maiores mecenas brasileiras no exterior, no estúdio de Iván Argote, na Grandes-Serres, em Pantin, com vernissage no dia 16 de setembro, e curadoria de Sofía Lanusse. O tema da mostra é a situação política do Brasil numa espécie de manifesto com várias vertentes da arte, como pintura, escultura, desenho, música e performances. “Gostaria que essa exposição desse voz a artistas brasileiros que, como eu, apesar de estarem longe de seu país natal, continuam afetados e extremamente preocupados com a dramática situação do Brasil”, explica Sandra.
Trecho do texto do convite diz: “Para responder coletivamente à força bruta imposta ao Brasil pelo Presidente Jair Bolsonaro e para expressar sua insatisfação com as políticas aplicadas contra a cultura, os direitos humanos e contra o meio ambiente, os artistas decidiram demonstrar através de suas artes. A exposição será acompanhada por uma série de mesas-redondas e debates, que acontecerão na Guinguette (cantina) das Grandes Serres, onde serão abordados os principais temas de preocupação atual, como o desmatamento da Amazônia, a perseguição de lideranças sociais, entre outros”.
Fundada em 2009, a SAM Art Projects promove intercâmbios artísticos em escala global e dá suporte financeiro a artistas contemporâneos na França e em países que ficam fora dos principais polos do mercado de arte. Em 2018, Sandra recebeu o Prix Montblanc de Arte e Cultura em nome da França, um reconhecimento de seu compromisso com o meio artístico, que coincidiu com o 10º aniversário do SAM Art Projects.
Entre os artistas, estão Anna Torres, Bianca Dacosta, Elian Almeida, Juliano Caldeira, Lyz Parayzo, Lucas Kröeff, Isadora Soares Belletti, Gabriel Moraes Aquino, Wagner Schwartz, Romain Vicari, Rodrigo Braga, Randolpho Lamonier, Liliane Mutti, Julio Villani, Daniel Nicolaevsky Maria, Joana Zimmermann, Daniel Zarvos e Iván Argote.
Produção e programação: Maria do Mar Guinle, Luiza Vanelli Schmidt.
Colaboradores: Betina Bakker Doctors, Charlotte Vicari.
Studio Iván Argote
Les Grandes-Serres de Pantin
15, Rue du Cheval Blanc, 93500 – Pantin
Exposição: 17 a 30 de setembro de 2020
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Uma tendência que está a toda entre os parisienses, depois do desconfinamento, é a “Vélotaf”, ou simplesmente ir de casa ao trabalho de bicicleta, uma forma econômica, saudável e sustentável. Vale ressaltar que esse é o grande desejo da prefeita Anne Hidalgo, que está criando grandes espaços para as “magrelas” no centro e em toda a cidade. O uso de bicicletas cresceu 29% na França, nos oito primeiros meses de 2020, quando comparado ao mesmo período de 2019.
Na capital, o fluxo nas ciclovias e ciclofaixas aumentou 67% no fim de agosto, coincidindo com o desconfinamento e o pico da primavera, quando as férias escolares e as altas temperaturas normalmente já aumentam o movimento. No dia 3 de setembro, Jean-Baptiste Djebbari, ministro dos Transportes, prometeu a construção de 600 novos trechos de ciclovia no país, apelidados pelos usuários de “coronapistas”. Em Paris, o governo construiu 500 quilômetros de pistas.
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Para quem gosta das farmácias parisienses, esta semana, foi inaugurada a Pharmabest no Les Halles, um espaço gigantesco de 2050 m2, com tudo que se pode imaginar em termos de medicamentos, cremes e “cositas mas”, um verdadeiro supermercado com mais de 350 marcas de produtos. Vale muito a pena uma visita.
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Daniela Bursarello, brasileira que mora em Paris, abre a mostra “Mouvements Modernes”, nesta sexta (10/09). A exposição nasceu de uma viagem que a artista fez à Ilha Lanzarote, próxima à costa da África Ocidental e administrada pela Espanha, conhecida pela paisagem vulcânica. Segundo ela, “a mostra testemunha o encontro do ser humano com a terra, o vulcão, a vegetação e o mar, com influências do arquiteto Cesar Manrique e o escritor José Saramango”. Nas suas pinturas a óleo, foram aplicados pigmentos que ela colheu na ilha.
Daniela Busarello
Mouvements Modernes
De 10/09 a 19/09
16, Rue du Perche – 75003 – Paris
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O novo restaurante do momento é o Mun, na Champs Elysées. A decoração do espaço é elegante, como se fosse um templo com influências asiáticas, com grandes janelas dando vista pra Torre Eiffel e cúpula no teto, sem falar no magnífico terraço com visão panorâmica da cidade.
O menu assinado por Julien Chicoisne e Roland Puse é uma festa ao paladar, com uma mistura das cozinhas francesa e japonesa com toque contemporâneo, além de um ótimo ótimo bar de sushi e deliciosos drinques assinados por Aurelien Fleury. As sobremesas, de Yann Couvreu, são de comer de joelhos, uma verdadeira experiência multissensorial.
Mun Paris
53, Avenue des Champs Elysées – 75008 – Paris
Reservas – 331 40 70 57 05
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