Orlando Morais fez a pré-estreia mundial do documentário “Orlamundo” nessa quarta-feira (10/04), durante o 21º Festival de Cinema de Paris, no tradicional cinema L’Arlequin, no Quartier Latin. Antes, houve um coquetel para os convidados, e a sala ficou lotada. No fim, Orlando subiu ao palco e conversou com a plateia em francês, ao lado da filha, Antonia Morais, produtora e integrante, cantando a música “Sertão”.
O doc, com direção do francês Alexandre Bouchet, foi filmado nos Lençóis Maranhenses, onde aconteceram encontros e saraus nas dunas, com nomes do mundo inteiro, desde Caetano Veloso ao chinês Guo Gan, da cantora Áurea Martins ao vietnamita Huong Thanh, do africano Kasse Mady Diabaté (que morreu meses depois da filmagem) a Monarco e a Velha Guarda da Portela (com gravações durante o carnaval deste ano). “O filme fez o maior sucesso. Eu cantei, a gente riu e chorou”, disse Orlando.
A equipe e convidados esticaram no restaurante Aux trois Mailletz, um dos mais antigos cabarés da cidade (por lá, passaram Ella Fitzgerald, Louis Armstrong, Billie Holiday e Lil Armstrong), com piano e música ao vivo e litros de vinho. A turma brasileira tomou conta e deu o clima da noite: teve de tudo, nada muito afinado e cantado no coletivo, desde MPB às clássicas francesas (“La Vie em Rose”), italianas (“Nel blu, dipinto di blu — Volare)” terminando com funk e todo mundo gritando “chão, chão, chão”. O Festival segue até o dia 16, quando serão exibidos “Marighella”, estreia na direção de Wagner Moura, e o documentário “Amazônia Groove”, de Bruno Murtinho.