ONGs, coletivos e movimentos sociais ligados às favelas do Rio (Redes da Maré, Coletivo Papo Reto, Fala Akari, Movimento Negro Unificado, Maré Vive, Mães de Manguinhos e muitos outros) comemoraram a decisão do STF desta terça (04/08), por manter as medidas de suspensão de operações policiais em comunidades — seis dos 11 ministros votaram para confirmar a liminar concedida pelo ministro Edson Fachin em junho. “Precisávamos que as operações parassem para que os moradores pudessem se prevenir contra a Covid-19, já que muitas ações de solidariedade foram barbaramente interrompidas por operações nos últimos meses. A troca de tiros também interrompe o funcionamento de equipamentos básicos de assistência, como clínicas da família, UPAs e outros locais de atendimento à saúde. Crianças e jovens foram mortos por agentes de estado em plena pandemia”, diz o comunicado do movimento.
O julgamento está sendo feito virtualmente e a votação será encerrada na sexta (07/08). As operações só podem acontecer mediante justificativa por escrito da autoridade competente, com comunicação imediata ao Ministério Público do Rio, que é responsável pelo controle externo da atividade policial.