Grafite é aquele tipo de arte democrática que todo mundo admira pelos muros e tem vontade de levar pra casa. Walter Tada Nomura, ou simplesmente Tinho — um dos precursores do estilo no Brasil (ao lado da dupla OsGemeos), e um dos principais nomes da arte urbana na América Latina — abriu a individual “Os 7 Mares”, nessa quinta (28/11), no Paço Imperial, no Centro. E foi um encontro de gerações, todos loucos pelas cores vibrantes e convidativas das 15 pinturas e uma instalação — dois bonecos de pano de 3 metros de altura cada um.
“Tinho rompeu com regras e influências do grafite americano e passou a pintar mais livremente, experimentando novas técnicas, materiais e suportes; buscando uma estética autoral nas ruas de São Paulo. Por isso, passou a ser considerado o pai do freestyle no Brasil e um dos pioneiros da street art”, explica o curador Saulo Di Tarso.
Ricardo Kimaid, dono da Galeria Movimento (que representa o trabalho de Tinho), estava emocionado: “Ao migrar sua poética para paredes institucionais, Tinho se manteve fiel às questões sociais que fundaram sua obra. As imagens que ele retrata são diários visuais e afetivos”. Passaram por lá os artistas Carlos Vergara, Beth Jobim e Xico Chaves. Também conferiram a exposição Vanda Klabin, Fabio Szwarcwald, Leonel Kaz e o curador Evandro Salles.