
Um recorte: Carlito Carvalhosa e Gabriela Moraes (2016); com Arto Lindsay (2018) e com Eduardo Coimbra (2017) /Fotos: Arquivo site Lu Lacerda

Carlito Carvalhosa com a mulher, Mari Stockler, e as filhas, Maria e Cecilia, em 2015 /Foto: Arquivo site Lu Lacerda/Murillo Tinoco

Na primeira imagem, Carlito entre Abraham Palatnik e Luiz Camillo Osório (2010); na segunda, com Cabelo e Claudia Bakker (2013) /Fotos: Arquivo site Lu Lacerda

Na primeira imagem, Daniel Senise, Paulo Pasta e Carlito Carvalhosa (2010); na segunda, Carlito com Marcio Doctors e Luiz Camillo Osório /Fotos: Arquivo site Lu Lacerda

Luiz Zerbini e Carlito Carvalhosa (2015); e Alex Gabriel, Carlito e Barrão (2018) /Fotos: Arquivo site Lu Lacerda
Uma pequena homenagem, em fotos, ao artista plástico Carlito Carvalhosa, um dos principais nomes da arte contemporânea. Ele morreu nessa quinta (13/05), aos 59 anos, em São Paulo, de câncer de intestino, depois de oito anos de tratamento. Carvalhosa está na coletiva “O Real Resiste”, de 30 cartazes “lambe-lambe” que ocuparam os muros cariocas em setembro do ano passado; depois viraram gravuras e estão expostos na galeria Mul.ti.plo, no Leblon, até 18 de junho.
O artista ficou conhecido nos anos 80, ao participar do grupo paulistano Casa 7, um ateliê coletivo que renovou a pintura como gênero artístico no País. Suas séries de esculturas e instalações já estiveram em exposição em bienais de São Paulo, Havana e do Mercosul e, mais recentemente, também em mostra dedicada ao artista no MoMA, em Nova York.
Aqui, a despedida de Fred Coelho (doutor em Literatura pela PUC-Rio e escritor): “Não houve uma única vez em que estive com Carlito que não tenha sido um aprendizado: de elegância, inteligência única, cultura vasta, humor veloz, educação, generosidade. Desde 2008, quando passei a ocupar uma sala na VilLa Maurina (Humaitá), as primeiras pessoas que eu sempre via quando chegava na casa eram ele e Mari Stockler (mulher do artista) – uma sala grande no térreo do casarão, misturando artes visuais, cinema, design, moda e papos infinitos. Ali fiz amigos para a vida inteira, mas a memória de Carlito e Mari me abrindo mundos, dando-me livros, revistas, contando-me muito do que eu não tinha ideia, é ouro pra mim. Tive o imenso privilégio e prazer de vê-lo entre amigos amados, entre papos infinitos, conversas sobre ideias e risos, uma forma de viver que faz tanta, tanta falta, como fará a vastidão amorosa de Carlito! Dói demais perder gigantes como ele nestes tempos. Ele é um dos caras mais bonitos e generosos que eu conheço (como disse Mari, ‘Carlito é’): um sorriso, uma obra, uma história, uma vida. Carlito é vida.”