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![](https://lulacerda.ig.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Desabamento-após-chuvas-entre-matço-e-abril-de-2019.jpg)
![](https://lulacerda.ig.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Predio-que-sofreu-desabamento-após-o-deslizamento-de-terra-devido-ao-desmatamento-e-invasao-768x1024.jpg)
O carioca vai dar mais um exemplo do esgotamento de sua paciência com o descaso público nesta quinta (28/11). Qualquer um que viva no Rio sabe como funciona a atenção política na cidade: se morrer uma pessoa, talvez alguém se mexa. Se não morrer ninguém, ou você reza pra não cair no esquecimento ou toma as rédeas do problema de tanto esperar. E não é que isso aconteceu mais uma vez? Nossa, que surpresa (contém ironia). Moradores de Ipanema se organizam para cobrar o poder público na próxima reunião do Conselho Comunitário de Segurança, com representantes da prefeitura, da Guarda Municipal, da Polícia Militar e do Ministério Público. Então não se assuste se avistar uma movimentação no Monte Líbano às dez da manhã. É mais um episódio da série “cariocas indignados”.
Mas porque tudo isso? Alguns podem não se lembrar, mas moradores da Rua Barão da Torre sofrem até hoje. Em abril deste ano, um deslizamento atingiu dois prédios, principalmente o número 40. Muitos dos que precisaram deixar seus apartamentos por segurança seguem sem amparo do governo, morando de aluguel ou em endereços de parentes. O problema provavelmente foi gerado pelo aumento no número de construções irregulares na encosta do Morro do Cantagalo. Dizem os moradores que, em 2018, um engenheiro da prefeitura tentou ir até o local, mas teve o acesso impedido por homens armados. Gente, se não fosse no Rio eu até me surpreenderia.