O médico Luiz Augusto Maltoni, diretor-executivo da Fundação do Câncer, no Centro, fez essa imagem em Boston, onde foi participar do congresso internacional da Sociedade Americana de Cirurgia Oncológica. “Enquanto os EUA travam uma briga contra os cigarros eletrônicos, no Brasil as indústrias lançam o ‘vape vitaminado’ para dar a sensação de que o produto faz bem à saúde”.
Os cigarros eletrônicos são vetados no Brasil pela Anvisa, que diz ser proibido comercializar e fazer propagandas de qualquer dispositivo eletrônico, seja para fumar, seja para suplementação de vitaminas, probióticos, enzimas e outros, mas vemos os cigarrinhos em qualquer lugar e vendidos em qualquer portinha. A Anvisa diz que a fiscalização depende das autoridades locais. “É extremamente prejudicial à saúde por conta das substâncias tóxicas no líquido do e-cigarro”, completa Luiz.
No entanto, o cigarro eletrônico foi um dos temas centrais que o Rio levou recentemente à Cúpula de Parcerias para Cidades Saudáveis (PHC, na sigla em inglês), no encontro que reuniu representantes de mais de 50 cidades em Londres. Nos próximos seis meses, equipes da Prefeitura e da PHC vão debater quais dos projetos apresentados pelo Rio vão receber um total de US$ 75 mil (mais ou menos R$ 450 mil) em propostas nas áreas de controle do tabagismo, alimentação saudável, segurança viária e qualidade do ar. O Rio já desenvolve projetos antitabaco e, na fase atual, segundo a Secretaria de Saúde, um dos objetivos é frear o avanço dos cigarros eletrônicos – inclusive, com placas de proibição adicionando o símbolo de cigarros eletrônicos/vaporizadores/ narguilés, já usadas, por exemplo, no Sambódromo, no carnaval.