Morreu, na tarde desta segunda (20/11), em Maceió, aos 59 anos, no hospital da Unimed, Alexandra Archer, filha única do ministro Renato Archer e de Madeleine Archer, grandes personagens da vida carioca, traço herdado por ela, que adorava receber seus inúmeros e variados amigos. Juntando simpatia, humor e espontaneidade à beleza do cenário, Alexandra vivia num dos apartamentos mais bonitos do Rio. Era colecionadora de arte, sob o olhar de Gilberto Chateaubriand, a quem chamava de “tio”, por ser o melhor amigo da sua mãe. Adorava política: antes das eleições, acabou criando alguns desafetos. Em todos os momentos da vida, foi progressista, defensora máxima da Democracia, tanto quanto dos animais (convivia com inúmeros gatos e cachorros).
Sua mudança para o Nordeste foi — como dizer? — aleatória; falava do desejo de mudar de ares. Dentre algumas internações, a última foi dia 3/11, por uma pneumonia. Veio a ser intubada e pegou infecção hospitalar: “Na verdade, não existe diagnóstico preciso”, comenta sua prima Maricota Archer, que vai ao encontro do primo, Sebastian Archer, que já está na capital alagoana.
Recentemente, pela preocupação e inquietude dos melhores amigos, Alexa prometeu que voltaria a morar no Rio. Morreu com essa intenção. Chegou até a separar um quarto para concluir o tratamento na Clínica São Vicente, na Gávea, combinado com o seu médico João Gaspar. Os cariocas não tiveram a alegria de recebê-la de volta.