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A 4ª “Marcha do Orgulho Trans” de São Paulo vai acontecer online, durante todas as sextas de junho (começando dia 4), a partir das 19h, no canal da SSEX BBOX, no YouTube. O tema da primeira live é “Banheiros Inclusivos” — a discussão é antiga, mas o problema continua o mesmo — para mostrar o quanto esses ambientes podem ser violentos para os trans. “Quando voltarmos a ocupar o mundo e os lugares no pós-pandemia, quanto esses espaços podem ser receptivos? Que mundo as pessoas trans vão encontrar?”, pergunta Pri Bertucci, presidente do Instituto SSEX BBOX. Entre os convidados, Erika Hilton, vereadora por SP; Carlo Pereira, diretor-executivo do Rede Brasil do Pacto Global da ONU; Leonardo Peçanha, especialista em Gênero e Sexualidade (IMS/UERJ); e Angela Pires Terto, assessora de Direitos Humanos na ONU Brasil.
Segundo pesquisa do instituto, em parceria com a Rede Brasil, que mapeia as violências sofridas nos banheiros, o índice contra pessoas trans é mais alto, sendo os shoppings os líderes, seguido de noitadas, restaurantes, academias, museus, cinemas, empresas, entre outros. “Cada pessoa deve usar o banheiro conforme seu gênero, e não conforme o seu genital. Mas a realidade do preconceito vem do problema que a maioria não aprendeu ainda a separar o corpo de identidade”, explica Bertucci.
A solução, na teoria e na prática, seria incluir uma nova sinalização nos banheiros e, para isso, a marcha disponibilizou no site arquivos para serem baixados com as placas sinalizadoras. “Uma pesquisa do National Center for Transgender Equality dos Estados Unidos, feita em 2016, apontou que 60% das pessoas trans evitavam usar banheiros públicos por medo de assédio ou agressão. Apesar de ser um dado americano, sabemos que o Brasil é o país que mais mata pessoas trans no mundo”, diz Carlo Pereira, diretor do Rede Brasil.