A Maratona do Rio terminou no domingo (19/06), mas Bradley Schroder, integrante da Fundação Peace Parks (Peace Parks Foundation), da África do Sul, acredita que a sua mensagem vai permanecer por muito tempo na vida dos cariocas. Se você participou do evento, deve ter visto um corredor vestido de rinoceronte. Era o sul-africano, um dos sete integrantes da “The Running Rhinos”, que circula pelas maratonas mundiais chamando atenção para a espécie em extinção. Por aqui, mesmo com chuva e o peso da fantasia, ele terminou os 42 km em 5h43 min; o vencedor, o pernambucano Justino Pedro da Silva, fez em 2h16min.
“Nosso objetivo é chamar atenção para educar e inspirar as pessoas a ajudarem na causa desses animais que estão sendo abatidos por causa do chifre — a demanda por produtos está causando a erradicação de rinocerontes e muitas outras espécies ameaçadas”, disse Bradley, que começou a correr em eventos internacionais em 2014. Segundo os dados da Fundação, três rinocerontes são mortos por dia, em toda a África.
O “Running Rhinos” até abriu um financiamento coletivo para a corrida no Rio e arrecadou pouco mais de 3 mil libras (cerca de R$ 19 mil) — tudo online, nada presencial ou de algum carioca especificamente —, que vai integralmente para o projeto “Save the Rhino International”, que ajuda a cinco espécies diferentes de rinoceronte. A próxima parada é a Maratona de Londres, dia 2 de outubro.