Carolina Maranhão, funcionária do Dijon Business Center, foi furtada, na manhã de sexta-feira (02/05), enquanto tomava banho, depois de malhar, na Smart Fit da Visconde de Pirajá. Quando foi buscar suas coisas que tinha deixado no armário da academia, encontrou o cadeado do guarda-volumes quebrado. Suas duas carteiras haviam sumido da bolsa, com dez cartões de crédito, talão de cheques e cerca de R$ 400. Ela imediatamente foi pedir, na recepção, para ver as imagens da câmera de segurança, mas o gerente informou que só poderia atender ao pedido com um Boletim de Ocorrência. Carolina voltou à academia com o B.O. e obteve a promessa de que terá acesso a essas imagens nesta segunda, mas ouviu do gerente Tiago que a academia não se responsabiliza pelos pertences dos alunos. O mesmo funcionário comentou que ela é a primeira pessoa que leva a fundo uma reclamação do tipo – sinal de que outros furtos já aconteceram antes.
A vítima afirma que vai entrar com um processo, na Justiça, por danos materiais e morais. Carolina conseguiu, pelo menos, reaver seus documentos: estavam na seção de “Achados e Perdidos” do Santos Dumont, encontrados por um catador numa lixeira. O limite de um de seus cartões, o da Caixa Econômica, foi estourado e outros dois foram usados numa tentativa de compra pela Internet, através do PagSeguro. Na delegacia, Carolina ouviu que os ladrões estão preferindo fazer compras pela Internet com os cartões, para dificultar a identificação.
Em dezembro passado, as luvas do compositor Carlos Lyra foram furtadas na Smart Fit da Vinicius de Moraes: ele as esqueceu, por instantes, numa prateleira, enquanto foi lavar as mãos no banheiro. Apesar de ter feito B.O. e a polícia ter levado o vídeo da câmera para analisar, até hoje ele não obteve resposta da delegacia. “Com isso, os ladrões nem ligam mais para as câmeras”, diz Carlinhos, que rebatizou o nome da academia para “Smart Thief”.
O pior é que a rede Smart não é uma exceção no Rio: várias academias também não estão nem aí em garantir a tranquilidade dos alunos.