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Depois da morte de Karl Lagerfeld, nessa terça-feira (19/02), tudo que diz respeito ao estilista tem voltado à tona. Por exemplo, o apartamento em Quai Voltaire, Paris: a edição francesa da revista “Architectural Digest” resgatou uma matéria da edição de maio de 2012, em que o “kaiser” foi o editor convidado, mostrando seu estilo de vida através da decoração de sua casa. Por estar sempre rodeado por cores, Lagerfeld dizia preferir viver num lugar completamente neutro. E essa realmente foi a ordem para montar o apartamento num prédio construído em 1820, cujo interior foi totalmente reformado com peças de designers, como Marc Newson, Jasper Morrison e Jean-Marie Massaud. Transparências, cinza, branco e preto, e claro muita sofisticação. “Somos como o coração de uma boneca russa: primeiro, vêm as roupas; depois, os apartamentos e casas”, escreveu Karl na revista. Segundo o estilista, era apenas um lugar para “dormir, tomar banho e trabalhar”.
A propósito: Choupette, a gata birmanesa do estilista, quase tão conhecida como seu dono, pode ser uma das únicas herdeiras de um patrimônio de US$ 195 milhões (aproximadamente R$ 730 milhões). O desejo de deixar herança para Choupette já tinha sido manifestado por Lagerfeld em uma entrevista à revista Le Figaro, em 2015.
Segundo a imprensa internacional, a gata é acostumada a comer em pratos de prata e tem uma equipe de empregados à sua disposição e tinha até um emprego em tempo integral chegando a ganhar mais ou menos US$ 3 milhões (R$ 11 milhões) em contratos publicitários. “Choupette é uma menina rica, tem sua própria fortuna. Se acontecer alguma coisa comigo, a pessoa que cuidar dela não estará na miséria”, disse o estilista em entrevista à Vanity Fair. “Ela tem algo único, é como um ser humano, mas com uma qualidade, o silêncio”, dizia. A gata tem até um livro, “Choupette, la vie enchantée d’un chat fashion” (“Choupette, a vida encantada de um gato fashion”), publicado em 2014. Advogados franceses acreditam ser bem provável que o designer tenha designado alguém ou alguma associação como proprietário da gatinha, deixando-o com o suficiente para garantir seu padrão de vida.