Pode isso, Prefeitura? O biólogo Mario Moscatelli, responsável pelo projeto “Manguezal da Lagoa” — que já apareceu na coluna nesta terça (17/01) —, percebeu uma irregularidade às margens da Lagoa, da empresa contratada para as obras na ciclovia, entre o clube Piraquê e a igreja São José. “Do ponto de vista ambiental, parece que o Rio é um hospício onde as pessoas apagam o incêndio com gasolina. É inacreditável. Na última semana alertamos que não era para jogar resto de obra da ciclovia nas áreas de manguezal, mas parece que entrou por um ouvido e saiu pelo outro”, diz ele, completando que a empresa estava sendo muito mal fiscalizada.
Como mostra o vídeo e as imagens, são restos de asfalto (mistura de betume, areia, pó de pedra e gravilha), entre outros resíduos. O biólogo avisou à patrulha ambiental e à Subprefeitura da Zona Sul, que acionou a Secretaria de Conservação, a responsável pela revitalização. “A Conservação informa que a limpeza já foi providenciada e a empresa notificada para que tenha mais atenção e cuidado”, disse a assessoria da pasta à coluna.
Atualização (às 16h34)
A equipe da Cosnervação está no local fazendo a limpeza e a Prefeitura vai multar a empresa responsável. “Fala-se muito em biodiversidade, em respeito ao meio ambiente, mas na prática, olha o resultado. Essa e outras empresas carecem de profissionais que entendam minimamente a questão ambiental, cuidados básicos, como escovar os dentes ou limpar a bunda… Não é possível!”, finaliza Mario.
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