Teatro Riachuelo, no Centro, lotado de convidados para a edição comemorativa de 10 anos do espetáculo “Elis, a musical”, que recria os momentos marcantes de Elis Regina (1945-1982), com texto de Nelson Motta (que foi amigo e namorado da cantora) e Patrícia Andrade e direção de Dennis Carvalho, que chegou na sua cadeira motorizada. No início do ano, ele ficou quase um mês internado em estado grave e, depois que saiu, largou velhos hábitos, como álcool e cigarro, está fazendo fisioterapia e quando quer dar suas voltinhas usa a cadeira. “Andar com segurança, só em casa”, diz ele.
Como Elis, a atriz baiana Laila Garin, que fisicamente nada tem a ver com a original, mas quando solta a voz… O papel colocou seu nome em evidência há 10 anos e, por ele, conquistou inúmeros prêmios. O ator paulistano Flávio Tolezani vive, pela primeira vez, Ronaldo Bôscoli, com quem Elis foi casada entre 1967 e 1971; Fernando Rubro também estreia como Jair Rodrigues (papel que foi de Ícaro Silva em 2013) e Santiago Villalba é Tom Jobim. Cláudio Lins volta a interpretar César Camargo Mariano (com quem a cantora foi casada entre 1971 e 1981) – com tietes especiais na plateia, Lucinha Lins e Ivan Lins, seus pais – “Madalena”, composta pelo músico e conhecida na voz da Pimentinha está no espetáculo. “Esqueci o lenço em casa”, dizia Lucinha Lins.
Cinquenta músicas e duas horas depois, o elenco convidou a equipe da produtora Aventura, responsável pelo musical, para o palco. “É impressionante como depois do que passamos nesses últimos 10 anos, o musical se mostra ainda mais potente”, disse Aniela Jordan, sócia de Luiz Calainho, que completou dizendo que a música brasileira é a melhor do mundo.