Dilma Rousseff passa, nesta terça-feira (26/10), por uma prova de popularidade. Ao lado do Governador Jacques Wagner, percorre em carreata o município de Vitória da Conquista, na Bahia. Ali, ao contrário das demais cidades baianas, a petista perdeu para o tucano José Serra. Falando na candidata, o Partido Socialista Francês fez um abaixo-assinado pedindo apoio à política, encabeçado pela primeira-secretária Martine Aubry, e o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe. Os autores do texto se dizem preocupados com as acusações feitas contra Dilma por “organizações religiosas e seitas” e defendem que o debate político seja “sereno”.
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Não surpreende ninguém que o prefeito de uma cidade como Paris defenda um debate sereno. Ele já está numa cidade desenvolvida e agora ele a administra. Nós estamos lutando pelo desenvolvimento das nossas cidade. Se chegarmos ‘a 50% da estrutura de Paris estaremos felizes.
As crianças de Paris vão aumentar seu tempo na escola. As crianças do Brasil não tem escola suficientes. Tem professores mal remunerados e com uma formação deficiente.
Seitas religiosas? Não. Temos a invasão de grupos religiosos no congresso nacional entravando o desenvolvimento em vários aspectos. Temos uma tentativa de estabelecer qual é a opinião religiosa mais forte e quem é o pastor mais influente.
O brasileiro não está atacando a direita ou a esquerda. O brasileiro está dizendo em alto e bom som que quem não trabalha pelo povo não merece ficar e vai ser punido pelas urnas e pela lei, independente da bandeira partidária que carregue.
Entendemos que para os franceses é extremamente difícil entender a complexidade do que se passa no nosso país. É preciso viver num estado de precariedade e abandono durante anos pra compreender tudo isso.
Obrigada pela oportunidade de me expressar.
Brasileira, morando em Paris. Estou fora do país, mas estou dentro das manifestações.