Fechado há nove meses para obras, o bromeliário do Jardim Botânico vai reabrir na segunda (17/4), às 10h. Foram investidos mais ou menos R$ 179 mil na recuperação do telhado, entre outras intervenções, para dar um tapa no visual e receber os 15.180 exemplares, formados a partir de inúmeras expedições científicas de pesquisadores do JB e outras instituições. Ali, o amor à espécie vai muito além da decoração: a coleção científica tem 2.167 espécimes (única), sendo 704 espécies, destas, 96 são ameaçadas de extinção, vindas de diversos biomas brasileiros, como a Mata Atlântica e o Cerrado, além de países da América do Sul e Central.
Com isso, o JB é considerado centro de referência mundial na conservação da bromélia, que fica na estufa Burle Marx, para visitação, e as mais raras no Dimitri Sucre, espaço fechado ao público.
Há mais de 100 anos, o parque urbano guarda uma grande coleção da espécie e antigos botânicos, sendo que, em 1975, o então diretor da instituição, Raulino Reitz, especialista em Bromeliaceae, inaugurou o Bromeliário Ecológico só pra elas. No mesmo evento, também foi fundada a Sociedade Brasileira de Bromélias. A estufa Burle Marx foi inaugurada quase 20 anos depois, em 1996.