Quem nunca errou ou magoou alguém sem ter essa intenção ?
A maior parte do tempo, nosso cérebro pensa, sente e age no modo automático — é como o programa de um computador.
Somos formatados e condicionados desde que estamos na barriga da nossa mãe.
Nossos comportamentos são estimulados e influenciados por inúmeros fatores: genética, ambiente, cultura, valores e normas sociais, educação, personalidade e temperamento, experiências vividas, crenças, pensamentos, emoções, poder, estresse, traumas etc.
É humano ter atitudes e comportamentos que gerem algum tipo de dor, desconforto ou sofrimento no outro, sem ter essa intenção, ainda mais nas famílias, durante a criação dos filhos.
Nenhum pai é perfeito, nenhuma mãe é perfeita — todos cometem “erros”. Isso faz parte da jornada do ser humano, e, segundo uma das minhas professoras de Psicologia, todo mundo tem traumas, sejam pequenos, sejam grandes.
Neste artigo, gostaria de trazer a luz sobre um tipo de violência psicológica invisível e não intencional para a maioria, porém grave o suficiente para deixar sequelas emocionais e estimular comportamentos disfuncionais na idade adulta.
Trata-se da falta de empatia ou, mais especificamente, da falta de habilidade em demonstrar empatia — sobretudo dos pais em relação aos filhos.
Além das necessidades básicas de estrutura, segurança, afeto, alimento e sono, toda criança precisa de autonomia, respeito, reconhecimento e empatia.
A falta de empatia pode causar uma dor imensa em quem já está sofrendo por algum motivo, ao ponto de se tornar um trauma, que vai ficar registrado na memória sensorial e emocional para sempre.
Isso pode se tornar uma bola de neve e alimentar um ciclo negativo, pois, da mesma forma que empatia gera empatia, a falta de empatia gera falta de empatia — a maioria das pessoas só consegue dar o que recebeu.
Recebo muitas perguntas nas minhas redes sociais sobre pessoas narcisistas, com traços de personalidade ou transtorno de personalidade narcisista (TPN). Uma das dúvidas mais recorrentes é se esse transtorno tem cura.
As pesquisas mostram que a grande maioria das pessoas narcisistas não costuma aderir a um tratamento psicológico, pois não reconhece que têm algum problema, apesar de causar muito sofrimento nas suas relações mais íntimas. E uma das três características-padrão desse transtorno é justamente a falta de empatia.
Se, na maioria dos casos, não tem cura, existe pelo menos uma prevenção possível.
Segundo a Dra. Ranaani, psiquiatra americana, a principal solução para evitar criar filhos narcisistas é educá-los com bastante empatia, o que não significa não colocar limites quando necessário.
Felizmente, temos à disposição uma série de técnicas e ferramentas para aprender a demonstrar empatia na hora certa, graças ao legado do psicólogo Marshall Rosenberg, pai da Comunicação Não Violenta (CNV). Foi nesse tema que me aprofundei e me especializei desde 2010.
Depois de 10 anos estudando e transmitindo seus conceitos para executivos, criei meu próprio método, o Método CONECTA, para desenvolver a empatia nos relacionamentos pessoais e profissionais. Esse método já transformou a vida de milhares de pessoas durante a pandemia e continua sendo ensinado para pais e líderes através de cursos e workshops on-line e presenciais.
O Método CONECTA facilita, inclusive, a identificação de perfis — narcisistas, sociopatas e psicopatas — que não possuem empatia emocional e são capazes de prejudicar pessoas e outros seres vivos intencionalmente, sem sentir nenhum tipo de culpa, remorso ou arrependimento
Para saber mais sobre esse assunto, basta me acompanhar nas minhas redes sociais.
Boa semana!