Marcelo Crivella decidiu liberar a abertura de teatros e cinemas a partir da segunda (14/09), mas as redes de cinema enviaram um comunicado dizendo que não vão reabrir. O prefeito anunciou a medida nesta sexta (11/09), em coletiva de imprensa no Riocentro, na Barra, com o funcionamento de 50% da capacidade, cadeiras numeradas mas sem a comercialização de comidas e bebidas, o fator que influenciou na negativa.
“Os exibidores de cinema do Rio agradecem o reconhecimento do prefeito de que nossas salas são tão ou mais seguras que restaurantes, salões de festa e shoppings… Entretanto, não vamos abrir. Inesperadamente a prefeitura decidiu suspender a compra de comida e bebida nas bombonieres dos cinemas e o consumo dentro das salas, ao contrário do que estava aprovado nos protocolos firmados com a área técnica do governo. Isso inviabiliza o negócio”, diz o texto.
No início deste mês, os exibidores enviaram uma carta à Crivella, com o título “Por que o senhor quer matar os cinemas”, com duras críticas ao prefeito, como no trecho: “No Rio existem mais de 20 prédios de cinema que estão em pleno funcionamento, com entra e sai de pessoas e sessões com horas marcadas. Sua sorte é que foram transformados em igrejas, que podem funcionar sem o rigor imposto ao nosso setor. Academias e bares são mais seguros que salas de cinema? Onde é possível garantir dois metros de distância entre as pessoas? Nas nossas sessões, podemos afirmar que sim. Aglomeração? Só se for nas praias, porque já se sabe que o cinema só vai receber até 30% da sua capacidade. Você já foi ver um filme no meio da semana, à tarde? É com essa lotação que estaremos, em todas as sessões”.