![montagem.chacrinha](https://lulacerda.ig.com.br/wp-content/uploads/2013/06/montagem.chacrinha1.jpg)
As crianças adoravam quando ele dava buzinadas e chamava a Teresinha; as donas de casa vibravam com os artistas que subiam ao palco; e os homens queriam mesmo é ver as chacretes. Chacrinha foi um comunicador pra toda a família, pra todas as faixas etárias, pra todos os brasileiros. E continua atual, 25 anos depois de sua morte.
Mais do que divertidas, as frases do “Velho Guerreiro” até hoje traduzem um pouco da nossa sociedade. “Quem não se comunica, se trumbica” ganhou nova dimensão na era das redes sociais, em que ficar desconectado implica em falha grave de comunicação. E o que dizer da máxima “Na televisão, nada se cria; tudo se copia?”. É só pular com o controle remoto pra lá e pra cá e ver que as fórmulas se repetem à exaustão.
Chacrinha estava certo, mesmo que não quisesse explicar, apenas confundir. Nas três décadas em que ficou no ar, muita gente apareceu e fez nome na TV. Mas, entre um bacalhau para a plateia e um abacaxi para um calouro, ele vai manter, para sempre, o posto de um dos melhores comunicadores que o Brasil já viu.
Abelardo Barbosa morreu em 30 de junho de 1988, aos 70 anos. Tem missa nesse domingo (30/06), às 12h, na Igreja de São José, na Lagoa. Se estivesse vivo, Chacrinha daria uma buzinada pra quem?