No encontro contra a construção do muro que vai cercar as favelas do Rio,organizado pela Federação das Associações de Moradores de Favelas do Estado (Faferj), essa semana, Antônio Ferreira, presidente da Associação de Moradores da Rocinha, mais conhecido como Xaolin, falou do plebiscito em que a maioria dos moradores da favela votou contra a construção dos muros.
Segundo ele, fato diferente de pesquisa publicada na imprensa. "A comunidade desceu o morro e se manifestou através do plebiscito. Tivemos 1.200 cédulas distribuídas das quais 1.111 pessoas votaram contra o muro, 50 votaram a favor e 6 anularam o voto", disse.
Xaolin falou ainda que gostaria que a luta não fosse apenas contra o muro de concreto, mas também contra os muros do preconceito, da discriminação e do apartheid social.
Ao fim da assembléia, vão unir forças contra a construção vereadores, deputados, defensoria pública e presidentes de associações. Atos públicos foram marcados ainda para maio: no dia 14, a Anistia Internacional vai estar na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) discutindo o tema; no dia 15, vai ter um ato público contra os muros; e em 21, uma audiência pública na Câmara de Vereadores.
Parabéns por tratar deste tema neste blog. Não queremos ser cidadãos de uma sociedade partida! Queremos continuar tendo orgulho da nossa cidade e continuar buscando soluções “evoluídas” para os problemas que nos afligem!
As favelas não são motivo de orgulho. São uma humilhação para quem lá vive, pela falta de condições, uma aberração para quem convive com a sua existência e reflexo de um espaço público doente. Sou contra os muros e a favor de um programa sério de urbanização que permita às pessoas pertencentes a comunidades carenciadas de viverem em condições mais dignas.