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A maioria dos brasileiros certamente admira os artistas plásticos Carlos Vergara e Roberto Magalhães! Imagina os dois juntos! Foi o que aconteceu nessa terça (06/08), na galeria Mul.ti.plo., no Leblon, com a abertura da mostra “Paralelos”. Foi a primeira vez, em 50 anos de amizade, que eles se reuniram para mostrar seus trabalhos. “Me dou com o Roberto desde 1959. Frequentava a casa dele, em Botafogo, que era uma espécie de república de artistas. Fizemos muita coisa juntos, temos caminhos, interesses, ideias e métodos de trabalho muito diferentes, mas sempre com ótimo convívio”, diz Vergara.
São 20 trabalhos, um deles feito a quatro mãos, no último domingo (04/08), numa mesma tela dividida em duas – enquanto um desenhava na parte de cima, o outro fazia a de baixo e depois trocaram, tudo no improviso. “Não foi uma competição, mas um desafio criado por eles mesmos como um gesto de respeito e admiração um pelo outro”, diz Maneco Müller, sócio da galeria.
E chegavam Beatriz Milhazes, Cildo Meireles, Ernesto Neto, Daniel Feingold, Luiz Aquila, Murilo Salles, além de uma pequena multidão. Um dos pontos altos foi a performance-surpresa de Cabelo, que leu em voz alta “Pergaminho”, de Magalhães, um grande desenho que existe apenas como escrita, uma das características do trabalho do artista. Ao final, Vergara, bem mais expansivo, fez uma homenagem ao tímido amigo: “Só os gênios têm a capacidade de fazer algo assim. Roberto, eu sei quem é você, tá? Eu sei!”, disse seriamente.